O inconsciente e a psicanálise
Freud, o pai da psicanálise, foi o responsável pela descoberta do inconsciente. O inconsciente Freudiano não é um adjetivo. Ele tem suas próprias leis de funcionamento. No inconsciente está tudo o que foi recalcado, como uma forma de defesa que nos permite nos livrarmos daquilo que foi insuportável para nós por algum motivo.
No inconsciente não há contradições, nem mesmo a temporalidade que é própria da consciência, ele é atemporal. Nele, os opostos convivem, o presente e o passado se reúnem, e a sua insistência no retorno do recalcado nos faz querer dizer uma coisa e, de fato, dizermos. Assim, dizemos que queremos fazer algo e fazemos o oposto, sonhamos com coisas que nos parecem muito estranhas, trocamos o nome de um atual parceiro amoroso pelo do ex... Por fim, não sabemos porque agimos contrariamente às nossas melhores intenções.
Nesse sentido, podemos depreender, a partir de Freud, que o inconsciente é a presença de uma força em nós que esclarece que nem tudo está no nosso controle, que algo em nós fala através de nós e que precisamos escutá-lo se quisermos saber o que nos foi tão insuportável a ponto de ser rechaçado da nossa consciência, mas que insiste em retornar. Isso porque no inconsciente está tudo aquilo que foi censurado, adulterado, esquecido, incompreendido.